ESTUPRO ou SEDUÇÃO - Sob o Domínio do Medo - Machismo ou uma visão corajosa dos exóticos desejos femininos? E do prazer masculino em ser traído.



Por Thiago Mili
Fui tentado a assistir uma obra desse muito conceituado Diretor, Sam Packinpah. Após longas e curiosas pesquisas de críticas, fui atrás de - Sob o Domínio do Medo- com o excelente Dustin Hoffman. E para minha infeliz surpresa, me decepcionei com o que vi, claro, pela minha falha de já ir assistir algo com um pacote cheio de idéias de outros e pelo minhas dúvidas e críticas que sempre tenho ao assistir um filme, vamos lá!!!

Um casal resolve ir a uma "pacata" cidadezinha da Inglaterra, ele, David (Dustin Hoffman salva as 1:57 min. de filme), tentando se concentrar em experiências matemáticas, ela, Amy (Susan George que mais parece o Gerard Butler versão feminina) que estou pra descobrir qual o intuito dela na fita.

 O filme é cheio de coisas totalmente sem nexo, Sam Peckinpah deixa claro que Amy já flertou no passado com Charlie ( Del Henney) e mesmo assim David o convida pra ajudá-lo na construção da garagem.  

Os erros de edição são pouquíssimas, mas o pouco que tem são gritantes. Tá, não vou falar que uma hora David está cara a cara com Amy, a câmera sai e quando volta na mesma cena Amy parece que passou a cena inteira olhando para o horizonte e deixou David falando sozinho, isso é constante no cinema. Mas o que dizer da cena grotesca em que a ninfeta Janice (Sally Thomsett) ao terminar de falar com Henry na rua se dirige ao bar já adentrando a porta e a câmera foca nela e parece que ela nunca imaginaria em ir ao bar, falha!!!

E o que dizer da cena em que David liga para o bar pra dizer que estava precisando de um médico, de onde o barman descobriu que David tinha atropelado Henry, se em nenhum momento ele revela isso?! Falha!!!

E aqui começam meus SPOILERS. Aos críticos de plantão, o ódio e revolta de David não foi motivado pelo estupro de sua esposa, porque ele não descobre claramente que houve essa violência, foi simplesmente porque ele atropela Henry e o acomoda em sua casa na espera de ajuda e os marmanjos descobrem que Henry saiu da igreja com Janice e ela é dada como desaparecida, só isso!

E essa pífia motivação de David é o que estraga a obra de Sam Peckinpah. Não bastasse isso, a cena sem pé nem cabeça de David descobrindo que sem ver nem pra quê Henry está tentando violentar Amy e mesmo assim David permite que sua casa seja totalmente destruída na defesa de um maluco. Fraco. Não, fraquíssimo.  Não vou falar a cena final do filme pois não que ler vai se revoltar mais ainda, que pena.



Certo, Sam Packinpah foi gênio na tensão explícita do filme, tanto no deboche dos homens para com David como na cena crucial de "sexo" de Amy com Charlie. Repare que quem estuprou não foi Charlie, o que o diretor faz questão de mostrar que ela gostou e queria mais, o estupro foi realizado por Scutt, o que deixa claro que Charlie até então não aprovou.

O diretor foi bem feliz na fotografia do filme ( John Coquillon, parabéns!), tanto nas tomadas de cena que se passam ao dia como na tenebrosa noite. Infelizmentenão gostei do primeiro contato com Sam Peckinpah, mas sei que todo ser humano tem 
As Cenas polêmicas:

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