“Alegria de Viver” - Uma Oficina de Dança Cigana - Relato de uma experiência
Por Anna Karla R. Santana – Psiquiatra Clínica
"A idéia de se trabalhar com a dança nasceu quando ainda existia o CRIA – NO, Centro de Referência da Infância e Adolescência em 2004.
Naquela época eu idealizei a oficina de dança como uma atividade lúdica para ajudar na condução do tratamento das crianças e adolescentes portadoras de sofrimento mental, dirigido especificamente para as meninas.
Pensei que poderia ser uma forma de ajudar o corpo a expressar suas emoções: “o não dito”. Corpo este, muitas vezes reprimido, mal tratado, violentado e em processo de transformação... Através dos suaves ou vigorosos movimentos da dança, as emoções encontravam o caminho da manifestação e o que ‘não era dito’ poderia ser revelado. O objetivo era resgatar o belo, o suave, a serenidade em meio a violência, inquietude, a pressa, a turbulência dos nossos dias. O balanceio do corpo mergulhado no som mágico e envolvente das músicas ciganas nos mostrava que era possível viver mais leve. Mas por que a dança cigana? Aí buscarei na minha história pessoal uma identificação e completo encantamento por essa dança. Sempre dancei desde menina e foi através da dança que encontrei uma maneira de enfrentar a minha timidez e rigidez, aumentando enormemente a minha capacidade de me alegrar com a vida. A idéia de continuar o trabalho com a dança persistiu e o que era uma simples semente, floresceu e ganhou força. Trabalho hoje no salão da Igreja do Chapéu - bairro Jardim Montanhês, com o foco em outro público. Desenvolvemos um trabalho junto com o grupo da melhor Idade “Amar é Reviver” coordenado pela assistente social do Centro de Saúde Jardim Montanhês, Evamar.Nosso grupo é aberto e não só voltado para “melhor idade”. Dirijo-me principalmente àquelas mulheres portadoras de depressão que querem melhorar a auto estima, resgatar a alegria de viver ou simplesmente relaxar... Não é por acaso que o grupo se intitula “Alegria de Viver”(nome escolhido por elas próprias),o número de integrantes é variável,mas as mais freqüentes são cerca de vinte mulheres,na sua maioria acima dos sessenta anos. Recentemente, recebemos uma nova e especial integrante – a Iara que é portadora de necessidades especiais e que é a nossa prova mais concreta de que nem mesmo uma limitação física é capaz de impedir a manifestação e expressão do belo, do sagrado através da dança. Agradeço a todas as pessoas que ajudaram na concretização desse trabalho."
"A alegria é o segredo da beleza. Sem entusiasmo não há beleza que seja atraente"
Christian Dior
Sinta um pouco dos ritmos e da alma cigana:
"MIRA LA GITANA MORA' - GIPSY KINGS
"A idéia de se trabalhar com a dança nasceu quando ainda existia o CRIA – NO, Centro de Referência da Infância e Adolescência em 2004.
Naquela época eu idealizei a oficina de dança como uma atividade lúdica para ajudar na condução do tratamento das crianças e adolescentes portadoras de sofrimento mental, dirigido especificamente para as meninas.
Pensei que poderia ser uma forma de ajudar o corpo a expressar suas emoções: “o não dito”. Corpo este, muitas vezes reprimido, mal tratado, violentado e em processo de transformação... Através dos suaves ou vigorosos movimentos da dança, as emoções encontravam o caminho da manifestação e o que ‘não era dito’ poderia ser revelado. O objetivo era resgatar o belo, o suave, a serenidade em meio a violência, inquietude, a pressa, a turbulência dos nossos dias. O balanceio do corpo mergulhado no som mágico e envolvente das músicas ciganas nos mostrava que era possível viver mais leve. Mas por que a dança cigana? Aí buscarei na minha história pessoal uma identificação e completo encantamento por essa dança. Sempre dancei desde menina e foi através da dança que encontrei uma maneira de enfrentar a minha timidez e rigidez, aumentando enormemente a minha capacidade de me alegrar com a vida. A idéia de continuar o trabalho com a dança persistiu e o que era uma simples semente, floresceu e ganhou força. Trabalho hoje no salão da Igreja do Chapéu - bairro Jardim Montanhês, com o foco em outro público. Desenvolvemos um trabalho junto com o grupo da melhor Idade “Amar é Reviver” coordenado pela assistente social do Centro de Saúde Jardim Montanhês, Evamar.Nosso grupo é aberto e não só voltado para “melhor idade”. Dirijo-me principalmente àquelas mulheres portadoras de depressão que querem melhorar a auto estima, resgatar a alegria de viver ou simplesmente relaxar... Não é por acaso que o grupo se intitula “Alegria de Viver”(nome escolhido por elas próprias),o número de integrantes é variável,mas as mais freqüentes são cerca de vinte mulheres,na sua maioria acima dos sessenta anos. Recentemente, recebemos uma nova e especial integrante – a Iara que é portadora de necessidades especiais e que é a nossa prova mais concreta de que nem mesmo uma limitação física é capaz de impedir a manifestação e expressão do belo, do sagrado através da dança. Agradeço a todas as pessoas que ajudaram na concretização desse trabalho."
"A alegria é o segredo da beleza. Sem entusiasmo não há beleza que seja atraente"
Christian Dior
Sinta um pouco dos ritmos e da alma cigana:
"MIRA LA GITANA MORA' - GIPSY KINGS